Budô é o caminho do guerreiro. Aqui treinamos artes marciais, estudamos a cultura oriental e pesquisamos a filosofia. Também divulgamos mensagens e atividades culturais, que julguemos interessante para o desenvolvimento sadio da juventude.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
O-Sensei Ni, Hei!
Hoje trazemos ao leitor a história de vida do japonês Morihei Ueshiba.
Era de família nobre, e teve condições de estudar com os melhores mestres das artes marciais. Treinou por longo tempo com Sokaku Takeda, um espadachim bastante truculento que procurava fazer justiça em suas andanças diárias. E foi este mestre que autorizou Ueshiba a dar aulas de seu estilo de arte marcial, o Daito Ryu Aiki Jiu Jitsu (Traduzindo literalmente: “Escola do ensinamento da espada, na arte suave da voz do espírito”). Financiado pelo pai, Ueshiba sensei montou um dojô, escolhendo dez alunos que recebiam um pagamento para dedicarem-se em tempo integral aos treinamentos. Acordavam às 5 da manhã, iniciando a limpeza do dojô e preparação dos equipamentos. Recebiam alimentação às 6, e às 7 h Ueshiba chegava, começando a aplicar suas teorias e fazer experiências sobre técnicas e sobre aprendizado marcial. Estes alunos eram chamados uchi deshi (“turma de internato”), e um deles, Yoshimitsu Yamada, 8º Dan, ainda é vivo e continua ensinando arte marcial.
Ueshiba foi 3º sargento do Exército Japonês, onde foi utilizado como instrutor. Após pedir baixa, teve uma fase em que levou várias famílias de agricultores para colonizar regiões desabitadas de seu país (Hokkaido). Também teve em sua vida uma fase de fanatismo religioso, aderindo à seita do monge Onisaburo Degushi.
De todas essas experiências, e uma vida de dedicação e aprendizado, Morihei Ueshiba fundou a arte marcial chamada aikidô, rica em filosofia e elementos poéticos e místicos. É chamado O-Sensei (“grande professor”), título muito honrado em sua cultura. Foi o primeiro doshu (diretor internacional) do aikidô, missão que deixou ao filho, Kisshomaru Ueshiba, também já falecido, e que hoje é ocupada pelo neto de O-Sensei, Moriteru Ueshiba.
Embora pareça uma contradição semântica, o aikidô é a arte marcial da paz, ou ainda, numa tradução direta, o “caminho da voz do espírito”.
(FONTES: livro Três Mestres do Budô, de John Stevens; Revista Grandes Mestres, de José Augusto Maciel Torres e Fábio Bueno)
Oss!
GIOVANI CASTRO
Publicado no Jornal Novo Tempo, Barra do Ribeiro, RS, Edição nº 991, do dia 25/05/12, na Página 12.
sábado, 19 de maio de 2012
Reunião e Treinamento
O Comando do 2º Pel e a diretoria do projeto reuniram-se na quinta-feira (10/05) no Clube Sete, para definir estratégias para melhorar a participação dos policiais militares e seguranças. Estavam presentes os graduados da sede do 2º Pel e o sensei Zander Dias, que fez a solene entrega da faixa amarela com ponta azul ao sargento Fernando Zamoner, tesoureiro e agora monitor do projeto.
Foi passada a palavra ao professor Sd Leonardo Cardoso, recentemente credenciado para aplicação de provas físicas para concursos e para realizar instruções físicas militares.
Após a reunião, foram treinadas técnicas de imobilização para profissionais, sob a direção do idealizador do projeto.
Oss!
GIOVANI CASTRO
Publicado no Jornal Novo Tempo, Barra do Ribeiro, RS, Edição nº 990, do dia 18/05/12, na Página 12.
Tecumseh – Um Estrategista de Pele Vermelha
"Onde estão hoje os Pequots? Onde estão os narragansetts, os moicanos, os pokanokets e muitas outras tribos outrora poderosas de nosso povo? Desapareceram diante da avareza e da opressão do Homem Branco, como a neve diante de um sol de verão. Vamos nos deixar destruir, por nossa vez, sem luta, renunciar a nossas casas, a nossa terra dada pelo Grande Espírito, aos túmulos de nossos mortos e a tudo que nos é caro e sagrado? Sei que vão gritar comigo: "Nunca! Nunca!"
TECUMSEH, dos shawnees
Tecumseh (1768 – 1813) era um chefe índio, da tribo shawnee. Seu povo teve muitos atritos com os colonos ingleses, na terra que hoje conhecemos como Estados Unidos. Tecumseh aprendia com muita facilidade, e interessou-se por ler os livros do “homem branco”, principalmente a bíblia. Aprendeu praticamente sozinho e, em dado momento que precisava unir seu povo para resistir à dominação dos colonos, leu num almanaque que haveria um eclipse no dia seguinte. Então Tecumseh reuniu diversas aldeias e tribos, e ordenou a seu irmão, que era sacerdote de sua crença, que apagasse o Sol. O irmão não estava muito convicto, mas fez a cerimônia, determinando ao Sol que, por ordem do Chefe Tecumseh, se apagasse. Como isto aconteceu, a dedicação do povo em seguir este líder foi revitalizada.
Tecumseh -desenho de Benson Lossing 1848
Os generais das 13 Colônias não acreditavam que um índio tivesse tido esta ideia, que era digna de um Júlio César.
Mais tarde, em troca de apoio, Tecumseh foi nomeado general pelo governo inglês (em luta contra os colonos que buscavam independência das colônias), e morreu em uma batalha, em 1813, mas seu corpo nunca foi encontrado.
(Fontes: Pés Nus Sobre a Terra Sagrada – Livro – LP&M, autor T C Mc Luhan. Enterrem Meu Coração na Curva de um Rio, livro, versão on line, autor Dee Brown. Figura: Wikipédia)
GIOVANI CASTRO
Publicado no Jornal Novo Tempo, Barra do Ribeiro, RS, Edição nº 990, do dia 18/05/12, na Página 12.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Um Guerreiro Da História dos Negros do Brasil
O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Sua população chegou a alcançar por volta de trinta mil pessoas.
Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.
Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.
Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.
Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."
(FONTE: WIKIPÉDIA)
Aulas Práticas - Definição
A diretoria do projeto definiu que as aulas serão voltadas às terças-feiras para os jovens do ensino público e às quintas-feiras para os adultos, policiais militares e seguranças (Clube Sete).
Oss!
GIOVANI CASTRO
Publicado no Jornal Novo Tempo, Barra do Ribeiro, RS, Edição nº 989, do dia 11/05/12, na Página 12.
sábado, 5 de maio de 2012
Sabedoria Oriental
Um jovem discípulo se dirige ao sábio chinês Confúcio e faz uma pergunta simples, mas sincera:
- Mestre, o que faço para seguir o caminho?
Obviamente que aqui a palavra caminho tem significado muito mais completo do que o costumeiro. Conhecendo o discípulo, e sabendo ser pessoa de caráter impetuoso e um pouco apressado, Confúcio deu uma resposta com a simplicidade que é peculiar aos sábios:
- Pense muito bem, ao menos duas vezes, antes de tomar qualquer decisão...
Um pouco depois, outro discípulo faz exatamente a mesma pergunta, da mesma forma. Entretanto seu temperamento era outro, e sua forma de agir também. Geralmente agia lento e indeciso.
- Não precisa pensar muito, uma vez já está mais do que bom...
Neste caso, a sabedoria está em reconhecer a diferença entre as potencialidades de cada um. Seja criança ou adulto, cada aluno tem uma forma diferente de aprender. Todos tem habilidades, e todos tem limitações também. Triste daquele que acha que não tem mais o que aprender...
Oss!
GIOVANI CASTRO
Publicado no Jornal Novo Tempo, Barra do Ribeiro, RS, Edição nº 988, do dia 04/05/12, na Página 12.
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